24 setembro, 2025

coisas que senti na (outra) semana e seus respectivos motivos

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Isso vai ser tipo um recap, por assim dizer. Não sei se pretendo fazer toda semana ou todo mês, acho que vale mais a pena fazer quando eu estiver sentido algo mais intenso, porque nem sempre eu tô sentindo alguma coisa, às vezes eu só tô bem tranquila com tudo e isso tá certo também. Então não vai ter nenhuma regularidade, e também não sei se pretendo anotar no momento em que aconteceu. Se eu não lembrar, às vezes não mexeu tanto comigo quanto eu imaginei naquele momento. E também porque estou tentando fazer um exercício de lembrar das coisas boas também, além de lembrar só das coisas negativas, e se eu anotar eu não vou sentir essa necessidade de guardar esse sentimento e acontecimento na cabeça, eu acho. Mas posso fazer o exercício contrário e anotar as coisas negativas para que elas possam ir embora. Quem sabe não dá certo?

Ah, e esse post é sobre a semana do dia 14, que eu já tinha escrito no sábado (20), mas vim postar só agora.

Uma coisa que me deixou feliz: uma desconhecida elogiou o meu cabelo.

Ultimamente eu estou analisando demais o cabelo de outras pessoas, principalmente se a pessoa tem o cabelo cacheado, e sei lá, parece que o cacho do vizinho é sempre mais definido, mais volumoso, mais hidratado, mais bonito e afins. Fato é que eu já estou há um bom tempo procurando jeitos de cuidar do meu cabelo, que também é cacheado para deixar claro (por isso a comparação com outros cacheados), finalizações para ele, produtos especializados, etc. Mas como a minha rotina é corrida, na maioria das vezes eu não tenho o tempo para cuidar dele como eu queria, então ver meu cabelo e não sentir que ele estava suficientemente bonito estava me desanimando. Inclusive um pensamento que passava pela minha cabeça é que raramente eu estava recebendo elogios de outras pessoas sobre o meu cabelo (sem contar minha mãe porque né, olhos de mãe). Por isso o elogio dessa pessoa significou muito pra mim. Apesar de que ela tinha cabelo liso e talvez a perspectiva de alguém com cabelo cacheado seja diferente, mas o que importa é que me deixou feliz. Não sei se foi por causa disso ou se eu que acertei na finalização, mas normalmente vai chegando o fim da semana e eu vou enxergando o meu cabelo mais feio, sem definição e volume, mas parece que dessa vez meu cabelo ficou bem bonito até o final da semana. Agora não sei se isso era psicológico ou se ele realmente ficou mais bonito.

Uma coisa que me deixou indignada/confusa: meu estágio.

Não posso falar muito sobre porque, mesmo que ninguém vá ler isso, nunca se sabe, né? Mas em resumo, eu faço estágio numa biblioteca, até porque eu curso Biblioteconomia, e eu amo meu estágio mais do que ir às aulas, de verdade, mas uma coisa que me incomoda lá é a falta de comunicação entre os bibliotecários e nós estagiários. Tem coisa que a gente nem fica sabendo porque não nos é comunicado, e tem coisa que mesmo perguntando pra eles é difícil de entender porque eles não respondem e só resolvem a questão por eles mesmos. Aconteceu uma coisa nesse sentido nessa semana e eu não sabia onde enfiar minha cara. Mas apesar disso tudo, posso dizer que eles são legais sim, só falta ser um pouco mais transparentes e objetivos.

Uma coisa que me fez chorar: um shorts no Youtube.

Antes que achem que eu sou mole, na verdade eu não sou nem um pouco e é muito difícil me fazer chorar. Porém esse vídeo em específico acabou mexendo muito comigo. Se vocês não conhecem, o canal Bia Ben é um canal de uma mãe solo (Bia) e o cotidiano dela com o filho criança, o Ben, além dela mostrar como ela lida com a maternidade (de um jeito muito admirável, inclusive). O vídeo em específico tratava-se tipo de uma "trend" onde você tinha que andar um passo para frente caso você se encaixasse em algum requisito que seria falado, e a Bia fez essa trend com o filho e a mãe dela. No começo, as coisas eram tipo "dê um passo a frente se você sempre teve festa de aniversário" ou "se tem material escolar novo todo ano" e eram coisas que só a criancinha davam um passo a frente, porque foram coisas que faltaram ou para a Bia ou para a mãe dela ou ambas. Mas mais no final pro vídeo, os "requisitos" para andar para frente se tornaram coisas do tipo "dê um passo se você teve que trabalhar desde novo" e "se já apanhou de um estranho", coisas essas que a Bia e a mãe ou só a mãe davam um passo a frente. Essa parte em específico me doeu muito pela situação que elas tiveram que passar, mas me doeu mais ainda por ver a criança olhando para trás e perguntando pela avó, confusa do porquê ela não dava um passo em coisas que ele tinha dado e vice-versa. Em resumo, eu só queria ver shorts bobinhos às seis da manhã tomando café antes de ir pra faculdade e no final ganhei um soco na cara da realidade e tive que me segurar muito para não chorar (o que não deu muito certo porque meu olho encheu de lágrima).

A Bia faz um trabalho incrível como influenciadora e mãe, ela fala muito sobre maternidade, educação que impacta positivamente no crescimento da criança e muito sobre autoaceitação, amor, respeito e tudo isso incluído dentro da negritude. Admiro muito o trabalho dela, e apesar de eu não ser tão ligada em influencers num geral, porque eu atualmente não passo muito tempo nas redes sociais, quando passa um vídeo dela no meu feed (do Youtube) eu sempre paro para assistir. Vou deixar o vídeo linkado aqui, mas como o vídeo foi postado por um canal que não é dela, vou deixar o link das redes dela aqui também, respectivamente: 🩷 e 💮.

Uma coisa (ou várias) que me deixou irritada: pessoas no transporte público.

Ônibus é algo que eu uso desde antes de eu me entender por gente, sem exagero. Metrô, uma vez ou outra eu pegava, mas o uso só se tornou algo diário quando comecei a universidade. E mesmo assim ainda não me acostumei com as pessoas, até porque o transporte pode ser o mesmo, mas os passageiros sempre mudam, então dia ou outro sempre tem um sem noção, alguém que quer tirar proveito de você, que quer passar na sua frente, que quer cortar a fila do metrô que nem é tão grande, que quer fazer uma dança das cadeiras com você. Só essa semana acho que deve ter tido uma média de 1,5 pessoa por dia que passou ou tentou passar na minha frente, seja para subir ou descer primeiro. Sexta-feira (19) eu nem ao menos fui a vítima, mas eu vi uma moça passar na frente de outra para subir no metrô na frente dos meus olhos e eu senti revolta por ela, porque ela seria a primeira a entrar se não fosse por essa sem noção que veio pelas laterais passando na frente de todos que já estavam enfileirados. E na mesma sexta-feira teve uma moça que subiu no ônibus atrás de mim, mas queria que queria passar na minha frente, e obviamente eu não deixei porque se tem uma coisa que você aprende em São Paulo é não bobear para que ninguém tire proveito de você, por mais bobo que seja a situação, qualquer coisinha já pode se tornar motivo para montarem em cima de você. Bem, eu não deixei ela passar, até porque o ônibus estava lotado, mas quando passamos a catraca, ela saiu atropelando geral, eu inclusa, pra ficar mais próxima da porta, mas ela nem ao menos ia descer no ponto. Ela desceu no ponto final como quase todo mundo no ônibus, e no lugar que ela ficou ela nem conseguiu ser a primeira a descer, então ela passou por cima de todo mundo pra nada.

Tipo, eu até entendo a pessoa ser desesperada, porque eu sou também, mas eu não faria isso se eu não tivesse que descer no próximo ponto, sabe? Se meu ponto tá longe, eu fico no lugar que der e pronto. Se eu cheguei na estação e já tem uma pequena fila formada para entrar no próximo vagão, eu vou ficar atrás da última pessoa da fila, e se eu faço questão de ir sentada eu vou esperar o próximo trem chegar e não passar na frente de todo mundo. Mas não é todo mundo que tem esse semancol.

Uma coisa que me deixou orgulhosa: regulei meu sono.

Não que eu tenha regulado 100%, ainda é difícil dormir e acordar no fim de semana o mesmo horário que a semana útil, mas estou me esforçando para não acordar muito tarde, e para não me cobrar tanto assim. Faz uma semana que eu comprei um smartwatch que uma das funções é monitorar o sono, então agora estou prestando mais atenção em como é meu sono e o que eu posso fazer para descansar melhor e ficar mais relaxada para o sono vir fácil e com mais qualidade. Claro que você não precisa comprar um reloginho para melhorar a qualidade do seu sono, mas no meu caso eu já tinha uma curiosidade de saber se eu realmente estava conseguindo descansar. O monitoramento me ajudou a entender algumas coisas, mas nossa não tem coisa melhor pro sono que dormir e acordar na mesma hora todos os dias. Sério mesmo, é algo tão simples que eu achava que não era tão eficaz, mas só de eu ter um horário fixo, mesmo que eu acorde mais vezes durante a noite, só de eu ter estabelecido esse padrão parece que a minha cabeça fica mais tranquila? Não sei descrever, mas é como se ela já tivesse entendido "olha, chegou a hora de dormir, então vou me preparar pra dormir", coisa que não acontece quando você dorme um horário diferente todos os dias, porque a cabeça não tem um horário de dormir, então ela nunca sabe quando se preparar. Não sei se essa é a explicação que a ciência deu para isso ser tão eficaz, mas é o que faz sentido pra mim.

Ainda tem alguns hábitos que eu não consegui corrigir, por exemplo ficar completamente sem telas até duas horas antes de dormir. Eu estou indo dormir umas 21h30 e chego em casa quase 18h. Umas 19h eu ainda estou resolvendo coisas da faculdade no computador, então é praticamente impossível ficar sem nenhuma tela todos os dias. Mas eu andei traçando outros planos e, mesmo que eu não possa ficar sem tela, eu ainda posso usar os modos de filtro de luz azul nos dispositivos, além de usar meu óculos que a lente é própria pra filtrar essa luz (não tenho problemas de visão então não tenho grau no óculos). Além disso, eu também não fico no celular quando eu estiver deitada para dormir. Na verdade, quando me deito eu tiro um momento para fazer uma respiração profunda e para meditar, assim eu relaxo uns 20 minutos antes de dormir, e na maioria das vezes eu acabo dormindo no meio da meditação. Então é, estou orgulhosa de mim por ter me esforçado para ter um sono mais saudável e por ter conseguido apesar de ter tantos "empecilhos" causados pela rotina. Estou conseguindo dormir melhor e me sentir mais descansada e disposta durante o dia, coisa que consequentemente melhorou meu foco.

Uma coisa que me fez rir muito: uma aula.

Foi um acontecimento raro, na verdade, porque normalmente eu saio derrotada dessa aula (por causa do professor e não da disciplina em si). Não posso expor muito por motivos óbvios, mas esse professor é meio desgostado em unanimidade, e eu não poderia ir contra esse sentimento comum ou seja, também não gosto dele, mas essa aula foi tão engraçada, mas tão engraçada, que vai ficar marcada em mim pra sempre. Não vou explicitar os motivos que fizeram eu e meus amigos rirem tanto, mas espero que o ego desse professor não fique ferido para sempre. E que, apesar de ter sido engraçado, eu fiquei com certa dózinha dele, mas como nada de ruim aconteceu com ele eu posso me permitir a rir, afinal ele já falou muitas coisas negativas da classe discente como um coletivo de forma desnecessária, sem nem ao menos conhecer a gente, e está sempre nos subestimando, e quando você tem esse tipo de postura enquanto profissional a única coisa que você pode esperar é que isso volte para você. E mesmo que eu tenha sentido uma certa dó, não é como se o salário dele fosse diminuir, e vocês já devem imaginar como é o salário de um professor universitário...

Num geral essa semana em específico foi muito boa. Me senti bem pouco ansiosa e, mesmo quando a ansiedade batia por motivos desconhecidos, eu conseguia acalmar minha cabeça. Foi uma semana em que me mantive mais focada nas coisas, não me senti tão dispersa ou absorta em falsos pensamentos. Apesar da rotina repetitiva, eu senti que vivi cada segundo. Isso tá me fazendo pensar qual era o meu real problema: se era o celular/computador, as redes sociais em específico ou o jeito que eu estava levando minhas amizades (sempre como prioridade e nunca como uma extensão da minha vida). Ou uma combinação das três coisas. Ainda tô tentando descobrir.

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